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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Operação EaD constata condições precárias de oferta nos cursos de Enfermagem a distância


Respondendo a consulta do Ministério Público Federal, o Conselho Federal de Enfermagem realizou a operação EaD, para verificar in loco as condições de formação oferecidas pelos cursos de Graduação em Enfermagem a distância. A operação, que foi concluída na segunda semana de julho, envolveu 118 fiscais, 315 pólos de apoio presencial foram visitados. Somente na Universidade Anhanguera, em São Paulo, são 16.800 vagas.
A situação encontrada é estarrecedora. O relatório foi encaminhado para o Ministério Público Federal, que abriu inquérito para apurar a situação. O documento foi entregue em mãos ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, pelo presidente do Cofen, Manoel Neri. Cópias do relatório foram remetidas ainda ao Ministério da Educação (MEC), ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), ao Conselho Nacional de Educação (CNE), ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) e ao Congresso Nacional, para conhecimento e providências. Em dois Estados, os relatórios foram encaminhados também à Polícia Federal para apurar possíveis práticas de crimes.
Sem laboratórios, biblioteca ou condições mínimas de apoio, a maioria dos polos se localiza em municípios diminutos, que não oferecem sequer condições para a prática de estágio supervisionado.  Faltam laboratórios multidisciplinares para disciplinas básicas e específicos de anatomia, bioquímica, fisiologia, microbiologia, imunologia, parasitologia, entre outros, além de equipamentos como microscópios, estufas, fotômetros e vidrarias, necessários para as aulas práticas exigidas por lei.
A fiscalização constatou até mesmo a oferta de curso não credenciados no Ministério da Educação (e-MEC). Um dele é o polo de Tucuruí (Pará), com 450 alunos, distribuídos em oito turmas em andamento. Foram encontrados egressos desse polo atuando no próprio curso, como docentes de estágios, sem houvesse reconhecimento da titulação.
Risco à Saúde Coletiva – As aulas práticas representam apenas 7,79% da carga horária total dos cursos EaD, em desacordo ao que preceituam as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, que determinam que as atividades práticas devam permear todo o processo formativo do enfermeiro. A legislação exige carga horária mínima de 4 mil horas e 5 anos de integralização. Relatora da operação EaD, a conselheira federal Dorisdaia de Humerez conclui que a formação representa uma ameaça à Saúde coletiva.
Para o presidente do Cofen, Manoel Neri, os cursos de graduação em Enfermagem a distância não garantem segurança e qualidade na formação, nem tampouco condições mínimas legalmente exigidas para a formação do profissional enfermeiro. “O Cofen entende que a profissão de enfermeiro exige conhecimentos que não podem ser adquiridos a distância, como sondagem nasogástrica. Os danos ocasionados por imperícia, negligência e imprudência na assistência à população serão ainda maiores do que já ocorre com a formação nos cursos presenciais”, afirmou Neri. “Além disso, os próprios cursos presenciais estão comprovadamente subutilizados, e não há perspectiva de absorção, pelo mercado de trabalho, dos profissionais egressos da EaD.”
Desde 2011, os Conselhos Profissionais da área de Saúde se posicionaram de forma contrária à formação de graduação à distância na área de Saúde, considerada inadequada à aprendizagem teórico-prática e, portanto, inadmissível para a formação dos profissionais que lidam diretamente com a vida humana.
Fonte_COFEN

Operação contra EAD no Brasil

 


Respondendo a consulta do Ministério Público Federal, o Conselho Federal de Enfermagem realizou a operação EaD, para verificar in loco as condições de formação oferecidas pelos cursos de Graduação em Enfermagem a distância.

A operação, que foi concluída na segunda semana de julho, envolveu 118 fiscais, 315 pólos de apoio presencial foram visitados.

Somente na Universidade Anhanguera, em São Paulo, são 16.800 vagas.

A situação encontrada é estarrecedora.

O relatório foi encaminhado para o Ministério Público Federal, que abriu inquérito para apurar a situação.

O documento foi entregue em mãos ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, pelo presidente do Cofen, Manoel Neri.

Cópias do relatório foram remetidas ainda ao Ministério da Educação (MEC), ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), ao Conselho Nacional de Educação (CNE), ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) e ao Congresso Nacional, para conhecimento e providências.

Em dois Estados, os relatórios foram encaminhados também à Polícia Federal para apurar possíveis práticas de crimes.

Sem laboratórios, biblioteca ou condições mínimas de apoio, a maioria dos polos se localiza em municípios diminutos, que não oferecem sequer condições para a prática de estágio supervisionado.

Faltam laboratórios multidisciplinares para disciplinas básicas e específicos de anatomia, bioquímica, fisiologia, microbiologia, imunologia, parasitologia, entre outros, além de equipamentos como microscópios, estufas, fotômetros e vidrarias, necessários para as aulas práticas exigidas por lei.

A fiscalização constatou até mesmo a oferta de curso não credenciados no Ministério da Educação (e-MEC).

Um dele é o polo de Tucuruí (Pará), com 450 alunos, distribuídos em oito turmas em andamento.

Foram encontrados egressos desse polo atuando no próprio curso, como docentes de estágios, sem houvesse reconhecimento da titulação.

Risco à Saúde Coletiva – As aulas práticas representam apenas 7,79% da carga horária total dos cursos EaD, em desacordo ao que preceituam as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, que determinam que as atividades práticas devam permear todo o processo formativo do enfermeiro.

A legislação exige carga horária mínima de 4 mil horas e 5 anos de integralização.

Relatora da operação EaD, a conselheira federal Dorisdaia de Humerez conclui que a formação representa uma ameaça à Saúde coletiva.

Para o presidente do Cofen, Manoel Neri, os cursos de graduação em Enfermagem a distância não garantem segurança e qualidade na formação, nem tampouco condições mínimas legalmente exigidas para a formação do profissional enfermeiro.

“O Cofen entende que a profissão de enfermeiro exige conhecimentos que não podem ser adquiridos a distância, como sondagem nasogástrica. Os danos ocasionados por imperícia, negligência e imprudência na assistência à população serão ainda maiores do que já ocorre com a formação nos cursos presenciais”, afirmou Neri.

“Além disso, os próprios cursos presenciais estão comprovadamente subutilizados, e não há perspectiva de absorção, pelo mercado de trabalho, dos profissionais egressos da EaD.”

Desde 2011, os Conselhos Profissionais da área de Saúde se posicionaram de forma contrária à formação de graduação à distância na área de Saúde, considerada inadequada à aprendizagem teórico-prática e, portanto, inadmissível para a formação dos profissionais que lidam diretamente com a vida humana.

Fonte_COFEN

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

COFEN realizará encontro de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem

A plenária do COFEN aprovou nesta tarde (12/8) a realização do I Encontro Nacional dos Profissionais de Enfermagem dos Quadros II e III (técnicos e auxiliares). O evento terá coordenação da Comissão Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem – CONATENF, e integrará a programação simultânea do 18º CBCENF, realizado em João Pessoa (PB), de 15 a 18 de setembro.


“O objetivo deste encontro é que os profissionais de nível médio possam se articular e discutir, em nível nacional, as pautas de interesse da categoria”, explica o conselheiro Gilvan Brolini, autor da proposta aprovada pela 468ª ROP. Melhorar a interlocução com o nível médio é um compromisso da atual gestão do COFEN (2015/2018), que, já em sua primeira plenária, criou a CONATENF.
Fonte_COFEN

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

COFEN oficializa CONATENF

Objetivo é melhorar interlocução do Conselho Federal com as duas categorias
Agora é oficial. O Conselho Federal de Enfermagem, por meio da Portaria COFEN 938 de 2015, instituiu a Comissão Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem – CONATENF, composta por cinco membros titulares e cinco suplentes de vários estados.
A nova comissão atuará como porta-voz do nível médio no COFEN e reforçar a interlocução do Conselho Federal com os auxiliares e técnicos de enfermagem.
A Coordenadora da CONATENF é do Espírito Santo: Rosangela Fernandes Alves França, técnica de enfermagem e conselheira do COREN/ES. Ela destaca que a comissão representa um importante avanço no Sistema COFEN/Conselhos Regionais de Enfermagem. “O nível médio passa a contar com um canal direto para levar suas demandas ao Conselho Federal. Sou profissional de enfermagem há 16 anos. Nunca houve tanto apoio para o nível médio por parte de um presidente do COFEN, como é o caso do Manoel Carlos Neri da Silva”, ressaltou Rosangela.
Compõem CONATENF
Efetivos:
Rosangela Fernandes Alves França – TEC/ES, coordenadora
Emerson Cordeiro Pacheco – TEC/RS
Jefferson Erecy Santos – TEC/SP
Dorly Fernanda Gonçalves – TEC/SP
Paulo Murilo de Paiva – AUX/RJ
Suplentes:
Geraldo Isidoro de Santana – TEC/SP
Jairo Moraes Saraiva – TEC/AP
Ademir dos Santos Pimentel Andrade – TEC/SE
Adriano Araújo da Silva – TEC/DF
José Antônio da Costa – AUX/MG